Com a tragédia do RMS Titanic em 14 de Abril de 1912, cerca de 700 pessoas sobreviveram e mais de 1.500 morreram, entre elas William McMaster Murdoch, marinheiro britânico conhecido por ter servido como o primeiro oficial do RMS Titanic.
Para se ter uma ideia de como era a história dos Murdoch com o mar, o sobrenome significa (homem do mar) em gaélico, ou ( marinheiro ) e ( guerreiro do mar ) em nórdico, segundo o The Internet Surname Database.
Foi ele quem ordenou o curso da popa, realizando a curva para desviar sem sucesso. Após a colisão, também acompanhou o engenheiro Thomas Andrews para averiguar os danos, sendo um dos primeiros a concluir que a tragédia era eminente, segundo aponta Mark Chirnside em The Olympic Class Ships: Olympic, Titanic & Britannic.
Com isso, se deslocou até o convés, sendo responsável por trabalhar na saída dos botes ímpares. De acordo com relatos, foi um dos poucos oficiais que entenderam que a prioridade era preferencial, ocupando os botes com homens quando não se completavam com mulheres e crianças.
Ao preparar o lançamento do barco desdobrável, Murdoch começou a serrar os fios sob outro bote prestes a sair, buscando acelerar o processo antes que a água atingisse o convés. Foi a última vez que o oficial foi visto com vida.
Apesar da trajetória historicamente registrada pelo trabalho e respeito, uma polêmica surtiu efeito após o lançamento do filme Titanic, em 1997. Na obra de James Cameron, William aceita suborno do passageiro Caledon Hockey, ex noivo de Rose, para compor um dos botes salva-vidas com prioridade além de atirar em um passageiro que tentava invadir um dos barcos colocando o personagem como corrupto e impiedoso, como aponta o Observatório do Cinema.
O estopim foi o suicídio do mesmo, que no filme é relatado com um disparo de revólver contra a cabeça. Segundo a ABC, as suposições do roteiro foram duramente contestadas por familiares de Murdoch e por membros da Titanic Foundation, que decidiram intimar o autor.
Ele morreu enquanto pulava em um dos botes salva-vidas onde cordas estavam presas. Ele rasgou as cordas com uma faca, mas com o peso do barco cheio de gente recebeu um forte golpe na cabeça que o matou de imediato, disse José Ferreiro, diretor da fundação, em entrevista ao canal americano ABC.
Mesmo sem a certeza das versões, o então vice-presidente da 20th Century Fox se encontrou com o sobrinho do primeiro oficial no ano seguinte ao lançamento do filme, dando £ 5 mil para compensar a angústia causada, além de formalizar um pedido de desculpar para a cidade natal do ex-tripulante, visto como ídolo até os dias atuais.