O acidente do Titanic foi um divisor de águas para a segurança; depois dele, navios passaram a ter normas estruturais para a fabricação, padrões de segurança e planos de evacuação consistentes. Hoje, radares e sonares identificam icebergs muito antes de um navio encontrar com ele. Além disso, as cartas náuticas, o mapeamento dos mares, tudo ficou muito mais sofisticado.
No entanto, mesmo com todo o avanço tecnológico, ainda não estamos imunes de acidentes. Lembrando que em 1912, o Titanic era o possante da época, o gigante dos mares (269 metros), mas se comparado com um de hoje, parece um barquinho. Entre tripulação e passageiros, ele comportava cerca de 3,3 mil pessoas. O maior navio de passageiros do mundo atualmente é o Wonder of the Seas, que tem 362 metros de comprimento, acomoda 7 mil passageiros e 2,3 mil tripulantes.
Se o Titanic tivesse colidido com um iceberg no mundo atual, a guarda costeira empregaria uma pequena frota de barcos e helicópteros para auxiliar na evacuação. Também, graças ao avanço da tecnologia, com o aumento do alcance no raio das ondas de rádio, todos os navios na área seguiria as coordenadas no momento que a mensagem de S.O.S fosse emitida. Também não teríamos o caso de ter algum oficial indisponível ao recebê-la.
Além disso, com a quantidade de botes salva-vidas suficientes para todos os passageiros à bordo e com um capitão competente supervisionando uma evacuação organizada, este Titanic moderno poderia não ser considerado um desastre mesmo estando há 644 km de distância da costa.
Por outro lado, o naufrágio do Costa Concordia em 2012, por exemplo, nos mostrou o que pode acontecer quando as precauções de segurança são ignoradas. Esses dois transatlânticos possuíam o que havia de mais tecnológico e inovador cada um a sua época e foram a prova de que tudo isso pode não ser suficiente.
Referências: https://www.youtube.com/watch?v=Fc18g-5ZGT4
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61102031