140220221

Descubra Varias Dicas para os Colecionadores

DICAS DE COLECIONADOR

Um dos temas discutidos no podcast 001 por Giulianna e Luiz foi sobre os melhores lugares para se adquirir itens titânicos, sejam eles sobre o famoso filme de James Cameron (1997) ou sobre a história do navio em si.

Esses itens variam desde os livros mais raros, filmes, documentários, revistas, séries a réplicas de objetos que foram utilizados no transatlântico ou mesmo aqueles que foram na cenografia de Cameron como o famoso Coração do Oceano de Rose, o desenho feito por Jack, a presilha de Rose, dentre outros…

A equipe do Titanic Brazil sugeriu sites já muito conhecidos pelo público como: Mercado Livre, Estante Virtual, Shopee, AliExpress e Amazon Brasil. Outros talvez não tão conhecidos como CD Point e Wish. Sebos no geral tanto lojas físicas quanto online também são ótimos lugares para “garimpar” itens sobre o Titanic de maneira acessível.

Outras indicações interessantes são as lojinhas virtuais de alguns dos museus espalhados pelo mundo como o Titanic: The Artifact Exhibition em Orlando (https://thetitanicstore.com/) que para quem estiver disposto a gastar uma dinheirinho a mais, vale muito à pena!

Se você ainda não ouviu o podcast, é só acessar titanicbr.com.br/o-podcast-do-titanic-brasil-episodio-001/.

070222

Ouça agora o Episódio 001 do Titanic PodCast

Já esta no ar o episódio 001 do PodCast do Titanic Brasil produzido pela nossa equipe Luiz Dalanezi e Giulianna Loffredo. Muitos não conhecem esta história, mas James Cameron foi acusado de plágio pelo diretor de Titanic (1996), protagonizado por Catherine Zeta-Jones e Peter Galagher. Robert Lieberman acredita que muitas das cenas de Titanic de Cameron foram inspiração do filme de 1996 e por isso, o diretor deveria ter lhe dado os devidos créditos. Aperte play e descubra quais semelhanças seriam essas.

Em seguida, Luiz e Giulianna dão dicas para os fãs mais assíduos dos melhores sites para compra de itens titânicos, como mercado livre, wish, ali Express, estante virtual, sebos no geral, shopee, dentre outros. E para quem não faz questão dos itens físicos, nossos seguidores também podem acessar a biblioteca virtual no site do Titanic Brasil.

Por fim, para encerrar o postcast com chave de ouro, Giulianna fala um pouco dos principais museus sobre Titanic ao redor do mundo sendo eles o Titanic Belfast, Irlanda do Norte, Titanic: The Artifact Exhibition, Estados Unidos Florida, Titanic Historical Society, Estados Unidos Massachusetts e por fim, Titanic: The Artifact Exhibition, Estados Unidos Las Vegas.

Ouça o episódio do PodCast agora mesmo.

060222

Titanic (1997) É Um Plágio? Entenda A Polêmica!

Robert Lieberman, diretor do filme Titanic de 1996, estrelado por Catherine Zeta-Jones e Peter Gallagher acusa James Cameron de ter plagiado a obra do diretor.

(Sinceramente, é justo dizer que o James Cameron me copiou. Mas eu não o julgo por isso. Ele olhou para o meu filme, assim como olhei para outros para pegar ideias. É um jogo justo. O diretor precisa assistir a muitos filmes para poder assimilar referências), pondera Robert Lieberman, que nunca conseguiu conversar com Cameron a respeito das semelhanças.

Exibida como minissérie de dois capítulos, o filme de Lieberman ganhou um Emmy de mixagem de som. No Brasil, chegou a ser exibido na TV aberta pelo SBT no início dos anos 2000. Lieberman, por sinal, foi o primeiro diretor de ficção a mostrar o Titanic se partindo em dois pedaços, conforme indicaram os destroços do navio, descobertos apenas em 1985.

Vale lembrar, no entanto, que tanto Robert quanto James Cameron se basearam em relatos reais de livros e em outros filmes que abordam a tragédia — Antes de 1996, dez produções haviam sido lançadas. Uma delas, a britânica “Só Deus por Testemunha”, de Roy Ward Baker, chegou a vencer um Globo de Ouro em 1959.

Entenda melhor a semelhança entre as duas obras a seguir. (Se você ainda não assistiu ao filme (Titanic) de 1996 e não quer spoiler, recomendamos que não leia o trecho a seguir).

Assim como no longa de James Cameron, “Titanic” (1996) também é conduzido por uma história de amor proibido, a dos aristocratas Isabella Paradine (Catherine Zeta-Jones) e Wynn Park (Peter Gallagher) — ela é casada; ele, um ex-namorado de quem esconde uma filha. Os dois revivem intensamente o amor por quatro dias, assim como fazem Rose Bukater (Kate Winslet) e Jack Dawson (Leonardo DiCaprio). Outra semelhança, Park morre no naufrágio, devolvendo a amada voltar à vida normal. No telefime, há ainda um casal formado na terceira classe: o trapaceiro Jamie Perse (Mike Doyle), que furta um homem para conseguir a passagem —Jack Dawson a ganha no jogo—, e a missionária Aase Ludvigsen (Sonsee Ahray).

Em ambas as produções, tanto Jamie quanto Jack conseguem se infiltrar na primeira classe, sendo vítimas de preconceito e armação. A principal diferença nas tramas: apenas no filme de James Cameron o amor acontece entre pessoas de classes diferentes.

Baseadas em relatos reais ou não, várias cenas são praticamente idênticas nos filmes; Três delas, em especial, chamam a atenção: 1) Após o choque no iceberg, as mocinhas dos dois filmes são colocadas em bote salva-vidas, descendo lentamente enquanto observam seus pares no convés. A diferença é que Rose, mais rebelde que Isabella, salta para dentro do navio antes de chegar ao mar; 2) Em meio ao caos do naufrágio, um oficial do Titanic tenta conter a multidão e atira em um homem. Arrependido, ele se mata em seguida com um tiro na cabeça; 3) Tanto Jamie quanto Jack tentam ajudar suas amadas em situações extremas — Aase é estuprada, enquanto Rose tenta se matar, – mas acabam mal interpretados e repreendidos pelo ato. “Gosto de pensar que tudo isso foi uma homenagem”, diz Robert Lieberman.

Nós, administradores do Titanic Brazil, acreditamos que de fato James Cameron se aproveitou muito das ideias do roteiro de Lieberman para a produção de seu próprio filme, ou seja, essas escolhas teriam sido conscientes. Uma boa solução para isso, talvez, seria se Cameron tivesse convidado Lieberman para participar da elaboração de seu roteiro ou no mínimo tê-lo homenageado nos créditos do filme. Infelizmente, não dá para não dizer que as semelhanças foram mera coincidência uma vez que o tempo de lançamento entre os dois filmes foi de apenas um ano. Principalmente sabendo que James Cameron possui a má fama de ser alguém bastante arrogante, não seria surpresa ele querer levar todo o mérito do sucesso sozinho.

E quanto a você, caro leitor, concorda com a acusação de Lieberman ou ele está delirando?

Referências: https://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2017/08/07/titanic-e-plagio-conheca-o-obscuro-telefilme-que-inspirou-james-cameron.htm

anteparas

Nem mesmo Deus Pode Afundar o RMS Titanic

Na realidade, esta afirmação nunca foi feita pela White Star Line ou quaisquer publicações da época. Esta declaração foi criada pelo imaginário popular pós-naufrágio quando este tomou conhecimento mundial.

Isso porque a fama que acompanhou o Titanic durante seu período de construção era a de ser um navio livre de qualquer perigo. Um folheto publicitário circulava pela cidade Southampton anunciando o maior navio já construído pelo homem. A ideia, ou melhor, o conforto mental sobre o quesito de tecnologia do Titanic era suficiente para que os construtores julgassem que ele era praticamente impossível de afundar devido ao sistema de comportas automático à prova d’ água.

O casco do navio era dividido em 16 compartimentos estanques, separados por 15 anteparas. Andrews e os construtores projetaram o transatlântico para flutuar até com quatro destes compartimentos inundados, desta forma, seu surpreendente naufrágio não era uma hipótese. Esse sistema atraiu uma multidão de passageiros que embarcaram no Titanic com uma falsa sensação de segurança. No entanto, ela refletiria sob a reputação da White Star Line e de seu presidente Bruce Ismay anos depois. Tais compartimentos não era novidade na época, os navios da Cunard Line, por exemplo, também usufruíam dessa engenharia náutica.

Além disso, o sistema de comportas era também outro detalhe previsto no projeto de construção do Titanic que se mostrava equivocado, pois não eram altas suficientes para impedir totalmente a passagem de água de um para outro. Elas deveriam atingir a altura total do navio desde a quilha até o fundo do convés inferior, porém acabavam muitos centímetros abaixo. Com 4 compartimentos, o Titanic ainda conseguiria flutuar, mas o peso de cinco inundados pressionaria a proa para o fundo e o navio perderia seu equilíbrio.

O naufrágio do Titanic implicou em diversas mudanças na construção do Britannic, o terceiro navio da Classe Olympic, o que incluiu a extensão das anteparas a prova d’água do fundo até o deck “E” na parte dianteira do navio e até o deck “D” na parte de trás. Cinco dessas anteparas também estenderam-se até o deck “B” e outras onze até o deck “E”.

Depois da tragédia, já não parecia mais importar para a companhia se as anteparas e as pesadas portas a prova d’água se infiltrassem nos compartimentos da primeira classe.

17012021

O Titanic nos Tempos Da Belle Époque

O Titanic representava um marco do domínio do homem sobre a natureza na era industrial, um símbolo da Belle Époque, da modernidade do século XX. A primeira classe do navio recriava ambientes dos lugares mais chiques da França neste período. O futuro parecia haver finalmente chegado e as invenções tecnológicas ditavam o ritmo de uma nova era. A eletricidade, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel e o avião inspiravam o surgimento de um novo mundo.

Neste contexto, o Titanic representava os avanços da ciência e o poder do homem que acabara criando o maior objeto móvel até então construído. Talvez, o navio tenha até representado uma ruptura ideológica antes mesmo da que viria com a Primeira Guerra Mundial, que pôs fim aquela sociedade que por pouco tempo pareceu perfeita.

Diante do grande avanço tecnológico pelo qual passava a burguesia industrial, a Europa dominava o restante do mundo, porém a desigualdade social viria a fazer parte deste processo: De um lado, as grandes elites, do outro, a massa dos trabalhadores insatisfeitos em decorrência das péssimas condições de trabalho a que eram submetidos. Como consequência, surgiram movimentos artísticos e políticos que representaram o sentimento de oposição revelando seus interesses ideológicos por meio de uma verdadeira radicalização no campo da cultura e das artes como um todo. Manifestações artísticas estas, que se materializaram pelo Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Surrealismo que, posteriormente, deram origem ao Modernismo brasileiro.

Dados esses acontecimentos, o conceito Futurista que surge em 22 de Fevereiro de 1909 por meio do Manifesto Futurista, sob a autoria do italiano Tommaso Marinetti, publicado no jornal Le Figaro, o mesmo ano em que se iniciou a construção do navio. O movimento exaltava a vida moderna, a máquina, a velocidade. Reivindicava uma ruptura com o passado buscando novas formas, assuntos e estilos, que melhor representassem a modernidade.

Assim, os navios idealizados no século XX eram frutos do poder imperial inglês os quais uniam a mais recente tecnologia com a lendária reputação britânica de dominadora dos oceanos. “Suas gigantescas dimensões, a potência de seus motores turbinados, o luxo de suas instalações mostravam ao mundo a grandeza da nação que lhe dominava os mares”, descreveu o autor Sergio Faraco em sua obra “O Crepúsculo da Arrogância”.

Na época, os transatlânticos travavam uma disputa por passageiros, transporte de carga e correspondência entre os continentes. Devido a este último pressuposto a sigla RMS (Royal Mail Ship) é um prefixo usado em navios mercantes britânicos contratados pela Royal Mail, ou seja, o Titanic era oficialmente responsável pela entrega de correio para o serviço postal, no entanto este serviço não tinha relação com a White Star Line, sendo que a companhia recebia pelo serviço de correio pelo governo inglês. Entre os principais quesitos levados em conta na construção das embarcações incluíam rapidez e conforto. No começo de 1900, duas grandes companhias – a Cunard Line a White Star Line – disputavam a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros e quem realizava a travessia mais rápida. A Fita Azul do Atlântico era o prêmio outorgado somente aos navios mais rápidos do planeta.

Foi então que em 1902, John Pierpont Morgan, magnata norte-americano, financiou a formação de Internacional Mercantile Marine Company, um transporte náutico pelo Atlântico que absorveu várias das principais linhas americanas e britânicas. Uma das subsidiárias da IMM foi o White Star Line que detinha o RMS Titanic. O proprietário visava dominar o tráfico marítimo do Atlântico Norte e para que Morgan não se apoderasse da Cunard Line, como fez com outras companhias britânicas, a companhia origina a dupla RMS Mauritânia, que pelos vinte e dois anos seguintes seria o transatlântico mais rápido do mundo, e o Lusitânia, os maiores do mundo até então e detentores do prêmio Fita Azul.

Em 30 de Abril de 1907, durante um jantar na mansão de William Pirrie, presidente do estaleiro Harland & Wolff e Joseph Ismay, presidente da White Star Line, propõe a construção de três grandes transatlânticos para concorrer com os vapores da Cunard. Esses navios partilhavam um projeto e um tema em comum: a grandeza. Estes navios explorariam a ligação marítima de passageiros entre o velho mundo e a América.

O Titanic, portanto, nasce num período de grande avanço tecnológico onde grandeza, luxo e conforto eram sinônimo de poder e prestígio para os países que participavam dessa corrida industrial. No entanto, a pressa de querer competir e dominar o mercado marítimo acabou sendo fatal para a White Star Line que teve o destino dois de seus transatlânticos no fundo do mar.

13012022

Ex-ator continua ganhando dinheiro após 25 anos

Reece Thompson, atualmente com 30 anos, apareceu no amado filme quando tinha apenas cinco anos de idade, interpretando um passageiro de terceira classe que morreu ao lado de sua mãe quando o Titanic atingiu um iceberg.

Em uma cena do filme, o menino, sua mãe e irmã estavam entre muitos passageiros que esperavam a abertura dos portões da terceira classe. Quando a tragédia está acontecendo, ele se vira para sua mãe e pergunta, O que estamos fazendo, mamãe? A mãe do garoto, na história, tenta se acalmar e passar tranquilidade aos dois filhos respondendo, Nós estamos esperando, querido. Quando eles terminarem de colocar as pessoas da primeira classe nos botes, eles começarão conosco, e nós queremos estar prontos, certo?. Mais tarde, fica implícito que a família não conseguiu embarcar e, aceitando seu destino, a mãe coloca as crianças para dormir contando uma história para eles.

Reece agora trabalha como diretor de marketing digital no Brian Head Resort, um resort de esqui em Utah.

Na época, o ator recebeu cerca de $30,000 aproximadamente R$ 168.075,00 quantia que foi em sua maior parte investida e colocada em contas de banco. Nos anos seguintes, ele continuou recebendo cheques de valores menores. Os pagamentos por sua participação seguem até hoje, anualmente, variando entre $200, $300 cerca de R$1.120,50 e R$ 1.680,75.

É estranho porque não está mais na minha mente. Não é como: Oh, quando vou receber um novo cheque do Titanic ? Quando eu recebo, é como: Oh, legal, um extra de $100 (R$ 560,25). Houve algumas vezes em que foi como: Uau, isso é um cheque de US $ 250 (R$1.400,63). Este filme tem 25 anos. Isso é muito bizarro. Mas espero que eles continuem o reproduzindo muito, porque isso significa dinheiro para mim, disse o rapaz, em entrevista para ao Business Insider.

Reece começou como modelo infantil quando foi contratado por um agente de talentos depois de vencer um concurso. O agente deu à mãe do ator a escolha de ele estrelar um anúncio de gasolina ou aparecer em um pequeno papel no Titanic.

Falando ao Business Insider, ele disse: ‘Minha mãe disse: Vamos fazer isso. Vai ser legal. Mesmo que o filme seja ruim, vamos vê-lo. Obviamente, acabou explodindo, então não foi uma decisão ruim da parte dela, com certeza. Acabou sendo uma boa decisão, já que o ex-ator ainda recebe cheques de royalties por sua aparição no blockbuster.

Ele ainda contou que teve dificuldades ao fazer o sotaque irlandês. Se você prestar atenção, não soa muito irlandês. Apenas soa como uma fala mansa. Lembro-me de tentar imitar o que o treinador de fala estava tentando fazer. Isso é o mais perto que cheguei, contou ele.

Tudo isso só prova mais uma vez a genialidade de James Cameron que fez Titanic se tornar uma das maiores obras primas da história do cinema.

261221

O Marinheiro John Hopkins Que Salvou Muitas Vidas

Havia mais de duas mil pessoas somando passageiros e tripulação a bordo do Titanic em sua viagem inaugural, quando o transatlântico caiu em desgraça ao se chocar com um iceberg, e sofreu um trágico naufrágio em meio às águas internacionais. 

Entre todas essas pessoas tanto as 706 que tiveram a sorte de sobreviver ao desastre, quanto às outras tantas que afundaram junto ao navio existem ainda histórias que permanecem como mistérios para a atualidade. 

Uma delas, todavia, foi trazida à superfície em maio de 2016, quando esforços da Titanic International Society, que é uma ONG cujo objetivo é preservar a memória do célebre transatlântico, identificaram o túmulo de um herói esquecido da tragédia, O irlandês Robert John Hopkins.

Hopkins tinha 43 anos de idade quando embarcou no Titanic. Ele vivia nos Estados Unidos desde 1900, quando se mudou para o país norte americano com sua esposa Annie Graham Hopkins.

Em 1911, afinal, quando entrou a bordo do famoso transatlântico, John não estava ali a passeio, como muitos, e sim a trabalho, Ele era um marinheiro do Titanic. 

No fim, sua atuação acabou sendo de grande importância nos momentos de pânico que se seguiram após a tripulação perceber que o navio estava afundando, e começar a distribuir os passageiros entre os botes salva-vidas que, vale lembrar, não eram suficientes para todos. 

Hopkins foi designado para o bote 13, e após atingir o mar, percebeu a tempo que naquela correria para salvar quem fosse possível, outro bote já estava sendo preparado antes do deles ser liberado para flutuar para longe do navio. 

O número 15 poderia ter caído bem em cima de suas cabeças, não fosse à eficiência do marinheiro irlandês em cortar as cordas que os conectavam ao Titanic. Para tanto, ele usou o canivete de outra passageira que estava com ele, chamada Delia McDermot. Seus reflexos rápidos foram responsáveis por manter sãos e salvos os membros do bote 13. Mais tarde relatou suas experiências:

… Enquanto o bote salva-vidas afundava, notei, assim como os outros, que ele ia pousar bem embaixo do escapamento dos motores, o que com certeza o teria afundado. Liguei e o abaixamento foi atrasado o suficiente para corrigir isso. Então o barco numero 15 foi baixado quase em cima dele, sendo interrompido a tempo por uma chamada de baixo. Eu tive que cortar as cordas com minha faca. A queda do bote do convés para a água, em circunstâncias normais, era de 95 pés. Neste caso era muito mais, pois a proa na altura estava a afundar e a popa levantava-se bem alto. Mesmo assim, eu não pensava que ela fosse descer …

Não sendo obrigado a prestar depoimento no Inquérito Britânico ou Americano sobre o desastre, Hopkins recusou as ordens da companhia para navegar de volta para a Grã-Bretanha e sair da White Star Line, sem esperar nenhum alívio financeiro deles. 

Embora a experiência de um naufrágio seja marcada pelo trauma, Hopkins manteve sua profissão nos anos posteriores ao episódio. Ele passou o restante de sua vida trabalhando nos portos dos Estados Unidos, até que faleceu em 1943, aos 75 anos de idade. 

251221

A Polêmica Sobre A Morte de Murdoch Em Titanic

Com a tragédia do RMS Titanic em 14 de Abril de 1912, cerca de 700 pessoas sobreviveram e mais de 1.500 morreram, entre elas William McMaster Murdoch, marinheiro britânico conhecido por ter servido como o primeiro oficial do RMS Titanic. 

Para se ter uma ideia de como era a história dos Murdoch com o mar, o sobrenome significa (homem do mar) em gaélico, ou ( marinheiro ) e ( guerreiro do mar ) em nórdico, segundo o The Internet Surname Database. 

Foi ele quem ordenou o curso da popa, realizando a curva para desviar sem sucesso. Após a colisão, também acompanhou o engenheiro Thomas Andrews para averiguar os danos, sendo um dos primeiros a concluir que a tragédia era eminente, segundo aponta Mark Chirnside em The Olympic Class Ships: Olympic, Titanic & Britannic. 

Com isso, se deslocou até o convés, sendo responsável por trabalhar na saída dos botes ímpares. De acordo com relatos, foi um dos poucos oficiais que entenderam que a prioridade era preferencial, ocupando os botes com homens quando não se completavam com mulheres e crianças. 

Ao preparar o lançamento do barco desdobrável, Murdoch começou a serrar os fios sob outro bote prestes a sair, buscando acelerar o processo antes que a água atingisse o convés. Foi a última vez que o oficial foi visto com vida. 

Apesar da trajetória historicamente registrada pelo trabalho e respeito, uma polêmica surtiu efeito após o lançamento do filme Titanic, em 1997. Na obra de James Cameron, William aceita suborno do passageiro Caledon Hockey, ex noivo de Rose, para compor um dos botes salva-vidas com prioridade além de atirar em um passageiro que tentava invadir um dos barcos colocando o personagem como corrupto e impiedoso, como aponta o Observatório do Cinema. 

O estopim foi o suicídio do mesmo, que no filme é relatado com um disparo de revólver contra a cabeça. Segundo a ABC, as suposições do roteiro foram duramente contestadas por familiares de Murdoch e por membros da Titanic Foundation, que decidiram intimar o autor. 

Ele morreu enquanto pulava em um dos botes salva-vidas onde cordas estavam presas. Ele rasgou as cordas com uma faca, mas com o peso do barco cheio de gente recebeu um forte golpe na cabeça que o matou de imediato, disse José Ferreiro, diretor da fundação, em entrevista ao canal americano ABC. 

Mesmo sem a certeza das versões, o então vice-presidente da 20th Century Fox se encontrou com o sobrinho do primeiro oficial no ano seguinte ao lançamento do filme, dando £ 5 mil para compensar a angústia causada, além de formalizar um pedido de desculpar para a cidade natal do ex-tripulante, visto como ídolo até os dias atuais. 

29102021 (1)

O Racismo Presente Nas Músicas Sobre O Titanic

No final dos anos 1960, a explosão da popularidade do rádio FM underground permitiu a transmissão de canções de uma duração que antes era inimaginável no rock (e, na maior parte, no folk). O (Alice’s Restaurant Massacree) de 18 minutos de Arlo Guthrie, mais popularmente conhecido simplesmente como (Alice’s Restaurant) pode ter sido o mais conhecido deles, seguindo um formato folk-blues solto e falante para retratar um divertido cachorro peludo de uma história.

Um pouco menos lembrado, embora também um grande favorito da FM em sua época, é (Legend of the U.S. Titanic) de Jaime Brockett, de 13 minutos. Como o (Alice’s Restaurant), também seguia um formato folk-blues falante e trazia referências contraculturais conhecidas. Ao contrário de Guthrie, no entanto, Brockett foi incapaz de desenvolver sua maratona de monólogo para sustentar uma longa carreira como artista musical. Na verdade, (Legend of the U.S.S. Titanic) nem era muito típico de seu trabalho, o resto de seu álbum de estreia inclinado para baladas folk introspectivas. Foi (Legend of the U.S.S. Titanic), no entanto, que a maioria dos ouvintes comprou o LP.

A música faz referência a Jack Johson, um boxeador americano que entrou para história ao ter se tornado o primeiro boxeador negro campeão mundial dos pesos-pesados, título este que foi conquistado em 1908 e mantido até 1915. A letra conta que Jack embarcaria no Titanic, mas teria sido impedido por um dos oficiais por conta de sua cor de pele.

No entanto, a história não é verdadeira. Em abril de 1912, quando o Titanic zarpou, Johnson estava nos Estados Unidos, provavelmente em sua cidade natal, Chicago, tentando arranjar uma luta pelo título naquele verão e se preparando para abrir sua boate lá, o Café de Champion, que abriu em julho. Johnson havia passado o outono anterior na Inglaterra e na França lutando em partidas de exibição, mas retornou a Nova York pouco antes do Natal de 1911 a bordo do navio Lloyd Kronprinzesen Cecille.

Poucos dias depois do naufrágio do Titanic, ele anunciou uma luta com Jim Flynn. Isso aconteceu em Las Vegas em 4 de julho de 1912. Sua biografia não menciona nenhum problema em conseguir uma vaga em navios no White Star ou qualquer outra linha, como também foi mencionado na letra da canção de blues (The Titanic), de Lead Belly.

Ambos os artistas provavelmente escolheram a figura de Jack Johson que na época estava em seu auge para representar em suas composições o racismo que os negros sofriam na época de forma muito mais intensificada e escancarada.

Até o momento não se tem registros se de fato algum passageiro no Titanic foi vítima de racismo ou qualquer outro tipo de discriminação, mas infelizmente não seria algo de se espantar uma vez que desde o inicio das grandes navegações e a escravização de negros na África, esse olhar de superioridade e inferioridade racial se tornou muito presente entre a burguesia europeia principalmente a partir do século XIX. O Titanic sendo uma representação marcante do que era a sociedade naquela época, é muito provável que situações infelizes como essas ocorreram inúmeras vezes dentro e fora do navio já começando pela segregação dura que existia entre as classes sociais.

Mesmo após 100 anos, a luta dos menos favorecidos dentro do (Capetalismo) persiste. É claro que evoluímos muito desde 1912, mas a herança discriminatória da escravidão (todas as relações com base na ideia de inferioridade dos negros que foram transmitidas) em conjunto com a falta de medidas e ações que integrassem os negros e indígenas na sociedade, como políticas de assistência social ou de inclusão racial no mercado de trabalho, gerou o que se entende por racismo estrutural, ou seja, uma discriminação racial enraizada na sociedade.

Isto é, o racismo estrutural não diz respeito ao ato discriminatório isolado (como xingar pejorativamente alguém por conta da cor da sua pele) ou até mesmo um conjunto de atos dessa natureza.

Ele representa um processo histórico em que condições de desvantagens e privilégios a determinados grupos étnico-raciais são reproduzidos nos âmbitos políticos, econômicos, culturais e até mesmo nas relações cotidianas. Para entender mais sobre o assunto eu recomendo a leitura do livro (Levanta Favela, Vamos Descolonizar o Brasil) da autora Flávia Pinto.

Música (Legend of the U.S. Titanic): https://www.youtube.com/watch?v=4XFYMjkFYPg
Tradução da letra (Legend of the U.S. Titanic): https://genius.com/Jamie-brockett-legend-of-the-uss-titanic-lyrics
Música e tradução da letra (The Titanic): https://www.encyclopedia-titanica.org/leadbelly-titanic.html

29102021

Joseph Laroch o Único Passageiro Negro Do Titanic

O Sr. Joseph Philippe Lemercier Laroche nasceu em Cap Haitien, Haiti, em 26 de maio de 1886. Em 1901, aos 15 anos, ele deixou o Haiti e viajou para Beauvais, França, onde esperava ingressar no colégio para estudar engenharia.
Enquanto visitava a cidade vizinha de Villejuif, Joseph conheceu a Srta. Juliette Lafargue; Depois que Joseph se formou, ele e Juliette se casaram em março de 1908. Sua filha Simonne nasceu em 19 de fevereiro de 1909; uma segunda filha, Louise, nasceu prematuramente em 2 de julho de 1910 e sofreu muitos problemas médicos subsequentes.

A discriminação racial impediu Joseph Laroche de obter um emprego bem remunerado na França. Como a família precisava de mais dinheiro para pagar as contas médicas de Louise, Joseph decidiu voltar ao Haiti para encontrar um emprego de engenharia com melhor remuneração, sendo a mudança planejada para 1913.

Em março de 1912, no entanto, Juliette descobriu que estava grávida, então ela e Joseph decidiram partir para o Haiti antes que sua gravidez ficasse muito avançada para viajar. A mãe de Joseph no Haiti comprou para eles passagens de navio a vapor no La France como um presente de boas-vindas, mas a política rígida da linha em relação a crianças fez com que eles transferissem sua reserva para a segunda classe do Titanic. Então, em 10 de abril, a família Laroche pegou o trem de Paris para Cherbourg para embarcar no novo transatlântico mais tarde naquela noite.

Na madrugada de 15 de abril, depois que o Titanic bateu em um iceberg e ficou claro que o navio estava afundando, Joseph Laroche agiu de forma rápida e decisiva. No quarto deles, ele colocou dinheiro e jóias nos bolsos do casaco e levou a família para o convés do navio.

Enquanto escoltava sua família até o barco salva-vidas, Joseph pegou sua jaqueta, envolveu Julieta e disse a ela:
(Aqui, pegue isto; você vai precisar. Vou pegar outro barco. Deus vá com você! Vejo você em Nova York.) Essas foram as últimas palavras que ele disse à família.

Joseph – que se acredita ter sido o único passageiro negro do Titanic – morreu no naufrágio e seu corpo nunca foi recuperado, mas sua família foi salva, em cujo barco salva-vidas não é certo (possivelmente 10).

Mais tarde na manhã de 15 de abril, Juliette e suas filhas foram resgatadas pelo RMS Carpathia. As duas jovens irmãs foram içadas até o convés do navio em sacos de pano. A bordo do Carpathia, Juliette achou muito difícil conseguir lençóis que ela poderia usar como fraldas para suas filhas. Como não havia nada que pudesse ser usado, Juliette improvisou e, no final de cada refeição, sentava-se com guardanapos, escondia-os e fazia fraldas depois de retornar à cabine.

O Carpathia chegou em Nova Iorque em 18 de abril. Como não havia ninguém que recebesse Juliette e suas filhas, ela decidiu não continuar no Haiti. Em vez disso, ela voltou para sua família em Villejuif, França. A família chegou ao local no mês seguinte e foi lá que Juliette deu à luz o terceiro filho de nome Joseph, em homenagem ao seu falecido marido.

Anos depois, em março de 1995, Louise subiu a bordo do SS Nomadic pela primeira vez desde 1912 quando este a carregou e sua família para o Titanic do porto de Cherbourg. Estava junto de outra sobrevivente do Titanic, Millvina Dean. Naquele mesmo ano, Louise estava presente no Titanic Historical Society celebrando os passageiros do Titanic que partiram daquele porto.

Louise Laroche morreu em 28 de janeiro de 1998 aos 87 anos de idade. Sua morte deixou na época oito passageiros vivos remanescentes do Titanic.

Referências:
https://www.encyclopedia-titanica.org/titanic-victim/joseph-laroche.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Philippe_Lemercier_Laroche