111022

Conheça a Tecnologia Que Encontrou o SS Mesaba

Os pesquisadores da Universidade de Bangor encontraram 273 embarcações naufragadas no Mar da Irlanda com a ajuda do sonar multifeixe a bordo do navio de pesquisa Prince Madog. Depois de escanear 19 quilômetros quadrados do mar, eles cruzaram essas informações com dados do Escritório Hidrográfico do Reino Unido.

O sonar de última geração a bordo do Prince Madog mapeia o fundo do mar em detalhes. Segundo os pesquisadores, as imagens produzidas por ele são tão úteis para a arqueologia marinha quanto uma fotografia aérea é útil para se estudar uma paisagem. Ele é considerado (com o perdão do trocadilho) um divisor de águas para as pesquisas no oceano.

(O curioso é que foi justamente o naufrágio do Titanic que motivou o uso dos sonares sob a água. A primeira patente de um dispositivo do tipo, que usa a emissão e a reflexão de onda sonoras para detectar objetos, foi registrada pelo britânico Lewis Fry Richardson um mês após o acidente, em 1912.)

“Anteriormente, podíamos mergulhar em alguns locais por ano para identificar visualmente os destroços”, explica McCartney em comunicado. “Mas as capacidades únicas de sonar do Prince Madog nos permitiram desenvolver um meio de custo relativamente baixo para examinar os destroços.”

Segundo os cientistas, o sonar possibilita pesquisas científicas de alta qualidade de maneira econômica, e a identificação de naufrágios é só um exemplo desse potencial. “[Essa tecnologia] é de grande interesse para cientistas marinhos, agências ambientais, hidrógrafos, gestores de patrimônio, arqueólogos marítimos e historiadores”, afirma a pesquisadora.

Estudos como este, que identificou o SS Mesaba, não têm só interesse histórico. “Também examinamos locais de naufrágio para entender melhor como objetos no fundo do mar interagem com processos físicos e biológicos”, explicou Michael Roberts, também pesquisador da Universidade de Bangor. “Isso, por sua vez, pode ajudar os cientistas a apoiar o desenvolvimento e o crescimento do setor de energia marinha.”

Referência: https://super.abril.com.br/historia/pesquisadores-encontram-navio-que-tentou-salvar-o-titanic-e-naufragou-anos-depois/

290622

Brasileiro Publica Livro em Inglês sobre Sobrevivente

O escritor e jornalista brasileiro, natural de Franca (SP), Bruno Piola publicou neste mês o seu segundo livro e seu primeiro em inglês. A obra se chama “Algy – The Privileged Life of Titanic Survivor Algernon Barkworth” (Algy – A Vida Privilegiada do Sobrevivente do Titanic Algernon Barkworth, em tradução livre). Trata-se de uma biografia de Algernon Barkworth, que era conhecido por sua família e amigos como Algy.

No livro, Piola conta a vida completa de Algernon, desde seu nascimento em uma família próspera na Inglaterra, passando pela sua história de sobrevivência no Titanic e terminando com a sua morte em 1945. Também são abordados a trajetória de Algernon como juiz de paz e até sua vida íntima.

Barkworth era gay e teve casos confirmados com outros homens. Para isso, o autor fez uso de diversas ferramentas de pesquisa, como entrevistas com descendentes de Algernon e de pessoas que o conheceram, buscas nos jornais da época e acesso a pesquisas inéditas de estudiosos ingleses.

Algernon teve uma vida interessantíssima, e a sua viagem no Titanic foi apenas mais um capítulo dela. Como tinha muito material à disposição, achei que escrever a sua história em livro seria a forma ideal para contar toda a sua trajetória, explicou Bruno, acrescentando que escreveu o livro em inglês para aumentar o seu alcance, permitindo que as comunidades do Titanic nos Estados Unidos e Inglaterra possam lê-lo também.

Piola é funcionário público em Franca e, desde 2017, participa da Sociedade Histórica Brasileira do Titanic, um grupo que se dedica a pesquisar o naufrágio. Foi nesse ano em que o autor começou a escrever seu primeiro livro, Faces do Titanic. A obra, escrita em português, foi lançada em 2020 e aborda biografias de diversos passageiros e tripulantes, além de revelar pela primeira vez as conexões do navio com o Brasil, o livro também pode ser comprado pela Amazon.

20042022

Como Assim Jack e Rose Não São Reais?!

Recentemente enquanto acompanhava o grupo de WhatsApp da comunidade Titanic Brasil me deparei com o espanto de alguns dos entusiastas com a descoberta de que um dos casais mais ícones do cinema, Jack e Rose, do filme Titanic (1997) de James Cameron, não existiram. Decidi, então, vir até aqui esclarecer algumas coisas.

Convenhamos que se James Cameron elaborasse um roteiro que exaltasse somente a história do navio, não seria algo muito comercializado, a produção pareceria mais um documentário do que qualquer coisa. E quando tratamos do cinema Hollywoodiano, a ideia é produzir um conteúdo que seja consumível, ou seja, o que as pessoas querem assistir? O que faz o público se arrepiar?

A história do naufrágio do Titanic por si só já é bastante chamativa, mas sozinha, talvez não teria conseguido alcançar o número recordista de 2.201.647.264 na bilheteria mundial. Cameron precisava de algo a mais e como romances proibidos nunca saem de moda, seria o contexto perfeito para contar a história do navio.

O filme fez tanto sucesso que até hoje muita gente acredita que Jack e Rose realmente existiram e lamento decepcioná-lo, caro leitor, mas isso é uma fake news. Inclusive, todo o núcleo que envolve o casal principal também não existiu, isto é, Cal Hockley (noivo de Rose), Ruth Dewitt Buckater (mãe da Rose), Brocke Lovett (o caçador de tesouros que está em busca do colar Coração do Oceano), Fabrizio De Rossi (amigo de Jack), Spicer Lovejoy (o mordomo de Cal), Tomy Ryan (amigo de Jack), dentre outros. Mas, devemos concordar que todos fizeram um trabalho excepecional a ponto de acreditarmos que fossem reais.

A personagem de Rose, entretanto, foi inspirada numa figura real, numa moça chamada Beatrice Wood, uma ceramista norte-americana de sucesso, que na vida real que pôde seguir justamente o rumo das artes. Quando o diretor James Cameron leu a autobiografia da artista (que não faleceu no tragédia do Titanic), ele teve a visão perfeita para a personagem daquele que se tornaria seu mais famoso filme. Cameron queria que Rose fosse uma mulher com uma mãe controladora, mas que se rebelasse, graças a seu temperamento forte e batalhador. Acreditou então que Beatrice Wood tinha tudo a ver com aquilo. Quando a estreia do filme Titanic aconteceu, em 1997, a artista já estava com 104 anos de idade e problemas de saúde, então não pôde comparecer ao lançamento. Wood, que seguiu o dadaísmo e se rebelou contra os moldes da classe alta, faleceu poucos dias depois da estreia, aos 105 anos. Inclusive, as fotos que aparecem nos porta-retratos ao final do filme, quando Rose está deitada na cama, são fotos reais de Beatrice Wood mais jovem.

Muitos outros personagens dentre passageiros e oficiais que são apresentados durante o filme de fato existiram e Cameron teve um cuidado enorme para escolher um elenco bem semelhante como Molly Brown, Bruce Ismay, Thomas Andrews, o Capitão Smith, os oficiais Murdoch, Lightoller, etc. os radiotelegrafistas John Phillips e Harold Bride, os vigias Frederick Fleet e Reginald Lee, John Jacob Astor e esposa, o Coronel Archibald Gracie, o casal Straus, Cosmo Duff Gordon e esposa, dentre outros. Todos estes atores ficaram marcados por esses papéis devido ao grande sucesso do filme.

Importante ressaltar também que o Coração do Oceano também é uma criação da mente geniosa de Cameron, dentre muitas outras “licenças poéticas” inseridas pelo diretor para tornar a obra ainda mais brilhante. Essas diferenças entre o real e fictício você pode conferir aqui mesmo no site do Titanic Brasil.

Referências:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/beatrice-wood-mulher-que-inspirou-rose-dawson-do-filme-titanic.phtml

17032022

Entenda o motivo para o Fim da White Star Line

Segundo Victor Vila, presidente da Sociedade Histórica Brasileira do Titanic, o fim da White Star Line começou no inicio do século XX, pois foi quando o capital da White Star foi adquirido por iniciativa privada através do magnata J.P Morgan. A Cunard Line, apesar de também ser uma empresa privada, não tinha aberto seu capital para o estrangeiro e isso estreitou o diálogo dos empresários da Cunard com o governo britânico.

Não é à toa que a Cunard sempre teve o facilitador de construção naval junto ao governo britânico. Por conta disso, a Cunard era vista como a “favorita” do governo enquanto a White Star, embora fosse a maior concorrente da Cunard, o governo britânico sempre deu preferência a Cunard devido a esse acordo de subsídios que vem do final do século XIX. Isso já faz com que a White Star Line saia em desvantagem a partir desse momento.

Ambas as companhias tiveram seus períodos de crise, a White Star ainda teve a perda de 2/3 do investimento da Classe Olympic com os naufrágios do Titanic e Britannic. Embora esse não tenha sido o fator que determinou o fim da companhia, contribuiu para que a White Star aumentasse ainda mais suas dívidas em relação a Cunard. Tanto que a Cunard ainda projetou, após o Mauritania e Lusitania, o Aquitania e outros navios menores, menos expressivos enquanto a White Star Line não teve projetos de novos navios após a Classe Olympic, entregando apenas o MV Georgic e o MV Britannic, navios bem menores.

Além disso, até o final da década de 20 e inicio da década de 30, as duas tinham um papel muito importante no mercado britânico, tanto que no inicio de 1930, a Cunard Line estava construindo o Queen Mary e a White Star Line estava projetando o Oceanic. Os dois navios eram do mesmo porte o que significa que ambas as companhias ainda estavam num nível de concorrência a altura, construindo gigantes para competir no Atlântico.

O problema foi quando chegou a crise de 29 pegando as duas companhias em cheio, porém enquanto a Cunard Line tinha o apoio do governo britânico financiando com dinheiro público a construção do Queen Mary, a White Star Line não teve a mesma sorte tendo que abortar o projeto de construção do Oceanic que precisou ser totalmente desmantelado por falta de capital.

Em seguida, um dos acordos que o governo faz com a Cunard para poder construir o Queen Mary, foi reunir os diretores das duas companhias com o argumento de que as empresas eram as mais destacadas do mercado de transporte marítimo do Reino Unido, porém como o governo não podia ajudar as duas individualmente, eles propõem o financiamento para a construção do Queen Mary desde que a partir desse aporte estatal, as duas empresas se unam. Foi aí que nasceu a Cunard-White Star Line, uma fusão imposta pelo governo.

Acontece que a Cunard Line tinha um poder financeiro maior que a White Star naquele período, ou seja, na fusão, a maior influencia foi da Cunard o que teria sido o golpe final para sucumbir a White Star aos poucos. Isso iniciou com a junção da frotas das duas companhias, mas era uma frota muito grande, com muitos navios velhos o que acabou com que muitos deles foram enviados para serem desmontados, como por exemplo o Mauretania e o Olympic.

Conforme os anos foram passando até a década de 50 e 60, todos os navios mais antigos da White Star ainda operavam, mas quando saíam de operação, a fatia de influência da White Star ia reduzindo cada vez mais até sobrar o Nomadic. Quando o Queen Mary se aposentou em 1967 e consequentemente o Nomadic em 1968, foi a última vez que a bandeira da White Star Line foi colocada em mastro de navio da companhia. A única coisa que sobrou foi o nome White Star Service, uma categoria de serviço dentro da Cunard.

Portanto, a última embarcação sobrevivente da White Star é o SS Nomadic, uma balsa construída na década de 1910 a fim de transportar passageiros do porto de Cherbourg na França para seus grandes navios. O Nomadic foi renovado na década de 2010 e está em exibição pública em Belfast desde 2013.

10032022

A influência da famosa arte do Titanic de Ken Marschall

Ken Marschall é um pintor e ilustrador estadunidense, conhecido por suas pinturas de navios transatlânticos famosos, como RMS Titanic, RMS Lusitania e HMHS Britannic. Suas pinturas foram usadas em muitos livros sobre Titanic, mais notavelmente em suas representações do naufrágio, das quais não foram tiradas fotografias que pudessem ser usadas.

Marschall serviu também como consultor em muitos filmes e documentários sobre Titanic incluindo Titanicde James Cameron Ghosts of the Abyss (na qual ele também apareceu como J. Bruce Ismay), Death of a Dream, The Legend Lives On, da A&E Networks e o jogo Titanic: Honor and Glory.

Ken Marschall nasceu em 28 de outubro de 1950 em Whittier, na Califórnia. Muito jovem, mostrou uma forte paixão pelo desenho e pela pintura. Com o divórcio dos pais, aos sete anos, o menino também começou a se interessar por naufrágios e outros desastres.

Em 1967, ele pintou seu primeiro trabalho real, representando o Titanic cortando as ondas. Embora rejeitado pelo júri do concurso a que Marschall o apresenta, a pretexto de ser demasiado realista, este quadro também lhe permite receber a sua primeira encomenda. Essa paixão pelo transatlântico vem com o filme Titanic, de 1953.

A partir de meados da década de 1960, ocupou-se construindo uma maquete do navio e, precisando de detalhes, entrou em contato com o historiador Walter Lord, autor do best-seller o livro “Uma Noite Fatídica” publicado em 1955. Os dois posteriormente mantiveram uma correspondência importante. Isso também permite que Marschall se junte Titanic Historical Society e faça conexões entre entusiastas.

Nos anos que se seguiram, Marschall recebeu pedidos de entusiastas de navios, em particular do Titanic. Além disso, Marschall conheceu várias personalidades ligadas ao Titanic, em particular sobreviventes da tragédia, e criou uma grande coleção relacionada ao navio.

Em 1985, o naufrágio do Titanic foi descoberto. No ano seguinte, uma pintura de Marschall saiu na primeira página da Time Magazine. Em 1996, participou com o historiador Don Lynch na redação do livro “Titanic”, a Grande História Ilustrada. Ele também participa da criação dos cenários do filme Titanic, assessorando a equipe de decoradores, e algumas das vistas do filme são diretamente inspiradas em suas pinturas, como a escala do transatlântico em Cherbourg.

Muitos de nossos entusiastas, como Nathan Oliver que participou do episódio 002 do nosso podcast e é um artista de mão cheia, busca sua própria inspiração nas obras de Ken Marschall. O ilustrador americano com certeza tem sua marca registrada na história do navio sendo uma das principais referências quando falamos de arte e Titanic.

280222

Conheça a sociedade do Titanic localizada na Russia

A cultura do Titanic atravessa o mundo e não encontra nenhuma barreira, língua ou cultura. Essa incrível história conecta os povos de todas as parte do mundo e hoje desembarcarmos na terra do frio e da vodka para conhecer umas das comunidades mais ativas do mundo sobre o Titanic.

A Federação Russa é o maior país do mundo em extensão territorial e possui uma das mais incríveis comunidade dedicada a lembrar e ressaltar a cultura do Titanic; A Sociedade Russa do Titanic, fundada e tendo como presidente Maxim Polishchuk, mantem um site e diversas redes sociais repletas de informações e curiosidades sobre o navio.

Quem não se lembra de Anatoly Sagalevich, um explorador Russo que teve sua presença lembrada no filme de James Cameron, ele está presente em muitos dos conteúdos feitos pela comunidade de Maxim, através de suas comunidades podemos testemunhar a forte presença da comunidade Russa  quando o tema Titanic é citada.

Fundada em 2014 a Sociedade Russa do Titanic possui uma página rica de detalhada www.titanicsociety.ru além de grupos no Facebook e Instagram, mesmo estando na língua local podemos utilizar o Google tradutor para apreciar o seu conteúdo e aprender muita mais sobre o Titanic.

A história do Titanic é um tema que une povos e sua lição deixada deve ser lembrada hoje e sempre para que no futuro os mesmo erros que ceifaram tantas vidas no Atlântico Norte não sejam repetidos.

24022022

Os Museus sobre o Titanic ao Redor do Mundo

Se você é fã de Titanic ou um mero amante de passeios culturais e históricos, com certeza deve inserir na lista de “lugares para visitar até o fim da vida” alguns dos museus mais famosos sobre o navio dos sonhos. São eles: Titanic Belfast (Belfast, Irlanda do Norte), Titanic: The Artifact Exhibition (Orlando e Las Vegas, EUA), Titanic Historical Society (Springfield, EUA) que está intimamente ligado ao Titanic Museum Attraction (Branson, EUA).

Os museus do Titanic pelo mundo foi um dos assuntados do Podcast Titanic Brazil que você pode conferir em: https://titanic.ong.br/o-podcast-do-titanic-brasil-episodio-001/.

Eu, Giulianna, que trabalho como monitora de museu e alguém que adora explorar exposições por aí não poderia deixar de ressaltar a importância destes locais para a preservação do patrimônio histórico para as próximas gerações, que basicamente, este é um dos objetivos dos museus atualmente. Afinal, se não fossem por eles, muitas memórias teriam se perdido ao longo da história e não teríamos como traçar uma linha temporária para entender a nossa trajetória, seja ela individual ou coletiva.

Os museus do Titanic, especificamente, tem o papel de contar a história da tragédia marítima mais famosa do mundo despertando nas pessoas o fascínio que nós aqui, também compartilhamos e entendemos muito bem.Este é o efeito da história do Titanic sobre nós.

Mas falando um pouco sobre cada museu, o primeiro que gostaria de trazer é o Titanic Belfast, provavelmente o mais famoso dessa lista. A visita já começa do lado de fora, pois o museu fica localizado ao lado do Titanic Slipways, Harland & Wolff Drawing Offices e Hamilton Graving Dock – o mesmo lugar onde o Titanic foi projetado, construído e lançado, Titanic Belfast conta a história do navio desde sua concepção, através de sua construção e lançamento, até sua viagem inaugural e subsequente lugar na história.

A visita autoguiada se estende por nove galerias interativas onde você descobre as vistas, sons, cheiros e histórias do navio, bem como as pessoas e a cidade que o fez. Titanic Belfast é líder de visitações na Irlanda e se difere também pela preocupação com padrões de acessibilidade permitindo com que a história alcance ainda mais pessoas. Conheça mais sobre o museu acessando o site https://www.titanicbelfast.com/.

Em seguida apresentamos o Titanic: The Artifact Exhibition (Orlando, EUA) onde provavelmente o que mais chama atenção nele é a oportunidade do visitante de participar de um jantar de gala especial à bordo do Titanic. Funcionários caracterizados tornam a experiência imersiva e você pode se sentar junto ao capitão Smith, Margaret “Molly” Brown e outros passageiros de primeira classe para uma noite inesquecível. O Titanic First Class Dinner Gala inclui um coquetel do Capitão, um tour pelo Titanic: The Artifact Exhibition, um jantar de primeira classe e encenações da noite de 14 de abril de 1912.

O museu também oferece diversas visitas guiadas durante a semana e finais de semana com horários marcados, cada uma voltada para públicos diferentes, ou seja, é um passeio para toda a família. O museu ainda se destaca pelas recriações de diversas áreas do navio como a grande escadaria da primeira classe, as cabines dos passageiros, o convés de passeio, dentre outros. Confira mais acessando: https://titanicorlando.com/.

A mesma empresa que oferece esta exposição em Orlando, é a mesma que está no Hotel Luxor em Las Vegas, mas com uma cara bastante diferente. A Exposição é uma das mais frequentadas da história onde você encontra mais de 250 artefatos autênticos recuperados do local do naufrágio do Titanic, bem como extensas recriações de algumas das salas mais famosas do navio. Além disso, provavelmente o que mais chama atenção nessa exposição é a “The Big Piece”, um fragmento de 15 toneladas do revestimento do casco do Titanic que foi levantada do naufrágio em agosto de 1998, e é a maior peça recuperada do naufrágio.

O Big Piece estava localizado em uma área do navio que foi praticamente destruída quando o navio se partiu em dois. Foi um dos muitos fragmentos de revestimento de conchas, juntamente com inúmeras outras peças do interior do navio, derramadas do Titanic quando ele se desfez. As bordas esfarrapadas, placas dobradas e vigas retorcidas do Big Piece são um lembrete do aspecto mais violento do naufrágio. Saiba mais acessando: https://luxor.mgmresorts.com/en/entertainment/titanic.html

Apresentamos também o Titanic Historical Society (Springfield, EUA) que um de seus pontos fortes são suas obras coletadas de artefatos raros de sobreviventes do Titanic. Muitos foram doados pelos próprios sobreviventes ao fundador e presidente do THS, Edward S. Kamuda, entre os anos 1960 e 80, os primeiros anos da organização. A coleção abrange um amplo escopo da rica história do Titanic, desde os projetos originais doados por seus construtores, Harland & Wolff, até o século 21, onde o navio se tornou um ícone popular de filmes e TV. De mercadorias a filmes, você verá lembranças e partituras produzidas logo após o naufrágio a pôsteres de filmes coloridos que ilustram o drama da década de 1950 até o presente.

Algumas peças inclusas na coleção são: A mensagem de gelo que nunca chegou à ponte, a versão de Lookout Fred Fleet do iceberg fatal, o colete salva-vidas da Sra. Astor, um rebite perfurando o casco do Titanic e menus de almoço e jantar de lançamento do Titanic e muito mais! Muitas das peças foram emprestadas ao Titanic Museum Attraction em Branson, Missouri. O próximo e último museu que apresentaremos a seguir. Saiba mais em: https://titanichistoricalsociety.org/

O Titanic Museum Attraction é um dos dois museus temáticos do Titanic de propriedade de John Joslyn (que liderou uma expedição de 1987 ao local de descanso final do Titanic ); o outro está localizado em Pigeon Forge, Tennessee . O museu possui 400 artefatos pré-descoberta em 20 galerias.

Os visitantes atravessam o iceberg artificial até o museu e recebem um bilhete de embarque do passageiro, com o nome de um passageiro real do Titanic e a classe em que o passageiro viajou. Durante o passeio, os hóspedes aprendem as histórias individuais de vários passageiros. No final do passeio, os hóspedes são informados se o titular do bilhete sobreviveu. Essa mesma exposição foi a que veio para o Brasil que passou por Porto Alegre, Curitiba e Brasília em 2011. Para saber mais acesse: https://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/04/mostra-em-porto-alegre-recria-saga-do-navio-titanic-com-objetos-reais.html.

Como o museu de Pigeon Forge, a principal característica visual exterior do museu é a maquete parcial do transatlântico original. A construção consiste na metade frontal do navio, incluindo seus dois primeiros funis. Uma curiosidade sobre o museu é que em um episódio de 2017 da série do Travel Channel , Ghost Adventures , Zak Bagans e a equipe investigaram o museu devido a atividades paranormais alegadas que aparentemente foram atribuídas a relíquias reais do naufrágio. Para conhecer mais acesse: https://titanicbranson.com/about-titanic.

E esse foi um rápido tour pelos museus do Titanic! E aí, ficou curioso? Qual museu mais te chamou atenção e por quê?

140220221

Descubra Varias Dicas para os Colecionadores

DICAS DE COLECIONADOR

Um dos temas discutidos no podcast 001 por Giulianna e Luiz foi sobre os melhores lugares para se adquirir itens titânicos, sejam eles sobre o famoso filme de James Cameron (1997) ou sobre a história do navio em si.

Esses itens variam desde os livros mais raros, filmes, documentários, revistas, séries a réplicas de objetos que foram utilizados no transatlântico ou mesmo aqueles que foram na cenografia de Cameron como o famoso Coração do Oceano de Rose, o desenho feito por Jack, a presilha de Rose, dentre outros…

A equipe do Titanic Brazil sugeriu sites já muito conhecidos pelo público como: Mercado Livre, Estante Virtual, Shopee, AliExpress e Amazon Brasil. Outros talvez não tão conhecidos como CD Point e Wish. Sebos no geral tanto lojas físicas quanto online também são ótimos lugares para “garimpar” itens sobre o Titanic de maneira acessível.

Outras indicações interessantes são as lojinhas virtuais de alguns dos museus espalhados pelo mundo como o Titanic: The Artifact Exhibition em Orlando (https://thetitanicstore.com/) que para quem estiver disposto a gastar uma dinheirinho a mais, vale muito à pena!

Se você ainda não ouviu o podcast, é só acessar titanicbr.com.br/o-podcast-do-titanic-brasil-episodio-001/.

060222

Titanic (1997) É Um Plágio? Entenda A Polêmica!

Robert Lieberman, diretor do filme Titanic de 1996, estrelado por Catherine Zeta-Jones e Peter Gallagher acusa James Cameron de ter plagiado a obra do diretor.

(Sinceramente, é justo dizer que o James Cameron me copiou. Mas eu não o julgo por isso. Ele olhou para o meu filme, assim como olhei para outros para pegar ideias. É um jogo justo. O diretor precisa assistir a muitos filmes para poder assimilar referências), pondera Robert Lieberman, que nunca conseguiu conversar com Cameron a respeito das semelhanças.

Exibida como minissérie de dois capítulos, o filme de Lieberman ganhou um Emmy de mixagem de som. No Brasil, chegou a ser exibido na TV aberta pelo SBT no início dos anos 2000. Lieberman, por sinal, foi o primeiro diretor de ficção a mostrar o Titanic se partindo em dois pedaços, conforme indicaram os destroços do navio, descobertos apenas em 1985.

Vale lembrar, no entanto, que tanto Robert quanto James Cameron se basearam em relatos reais de livros e em outros filmes que abordam a tragédia — Antes de 1996, dez produções haviam sido lançadas. Uma delas, a britânica “Só Deus por Testemunha”, de Roy Ward Baker, chegou a vencer um Globo de Ouro em 1959.

Entenda melhor a semelhança entre as duas obras a seguir. (Se você ainda não assistiu ao filme (Titanic) de 1996 e não quer spoiler, recomendamos que não leia o trecho a seguir).

Assim como no longa de James Cameron, “Titanic” (1996) também é conduzido por uma história de amor proibido, a dos aristocratas Isabella Paradine (Catherine Zeta-Jones) e Wynn Park (Peter Gallagher) — ela é casada; ele, um ex-namorado de quem esconde uma filha. Os dois revivem intensamente o amor por quatro dias, assim como fazem Rose Bukater (Kate Winslet) e Jack Dawson (Leonardo DiCaprio). Outra semelhança, Park morre no naufrágio, devolvendo a amada voltar à vida normal. No telefime, há ainda um casal formado na terceira classe: o trapaceiro Jamie Perse (Mike Doyle), que furta um homem para conseguir a passagem —Jack Dawson a ganha no jogo—, e a missionária Aase Ludvigsen (Sonsee Ahray).

Em ambas as produções, tanto Jamie quanto Jack conseguem se infiltrar na primeira classe, sendo vítimas de preconceito e armação. A principal diferença nas tramas: apenas no filme de James Cameron o amor acontece entre pessoas de classes diferentes.

Baseadas em relatos reais ou não, várias cenas são praticamente idênticas nos filmes; Três delas, em especial, chamam a atenção: 1) Após o choque no iceberg, as mocinhas dos dois filmes são colocadas em bote salva-vidas, descendo lentamente enquanto observam seus pares no convés. A diferença é que Rose, mais rebelde que Isabella, salta para dentro do navio antes de chegar ao mar; 2) Em meio ao caos do naufrágio, um oficial do Titanic tenta conter a multidão e atira em um homem. Arrependido, ele se mata em seguida com um tiro na cabeça; 3) Tanto Jamie quanto Jack tentam ajudar suas amadas em situações extremas — Aase é estuprada, enquanto Rose tenta se matar, – mas acabam mal interpretados e repreendidos pelo ato. “Gosto de pensar que tudo isso foi uma homenagem”, diz Robert Lieberman.

Nós, administradores do Titanic Brazil, acreditamos que de fato James Cameron se aproveitou muito das ideias do roteiro de Lieberman para a produção de seu próprio filme, ou seja, essas escolhas teriam sido conscientes. Uma boa solução para isso, talvez, seria se Cameron tivesse convidado Lieberman para participar da elaboração de seu roteiro ou no mínimo tê-lo homenageado nos créditos do filme. Infelizmente, não dá para não dizer que as semelhanças foram mera coincidência uma vez que o tempo de lançamento entre os dois filmes foi de apenas um ano. Principalmente sabendo que James Cameron possui a má fama de ser alguém bastante arrogante, não seria surpresa ele querer levar todo o mérito do sucesso sozinho.

E quanto a você, caro leitor, concorda com a acusação de Lieberman ou ele está delirando?

Referências: https://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2017/08/07/titanic-e-plagio-conheca-o-obscuro-telefilme-que-inspirou-james-cameron.htm

anteparas

Nem mesmo Deus Pode Afundar o RMS Titanic

Na realidade, esta afirmação nunca foi feita pela White Star Line ou quaisquer publicações da época. Esta declaração foi criada pelo imaginário popular pós-naufrágio quando este tomou conhecimento mundial.

Isso porque a fama que acompanhou o Titanic durante seu período de construção era a de ser um navio livre de qualquer perigo. Um folheto publicitário circulava pela cidade Southampton anunciando o maior navio já construído pelo homem. A ideia, ou melhor, o conforto mental sobre o quesito de tecnologia do Titanic era suficiente para que os construtores julgassem que ele era praticamente impossível de afundar devido ao sistema de comportas automático à prova d’ água.

O casco do navio era dividido em 16 compartimentos estanques, separados por 15 anteparas. Andrews e os construtores projetaram o transatlântico para flutuar até com quatro destes compartimentos inundados, desta forma, seu surpreendente naufrágio não era uma hipótese. Esse sistema atraiu uma multidão de passageiros que embarcaram no Titanic com uma falsa sensação de segurança. No entanto, ela refletiria sob a reputação da White Star Line e de seu presidente Bruce Ismay anos depois. Tais compartimentos não era novidade na época, os navios da Cunard Line, por exemplo, também usufruíam dessa engenharia náutica.

Além disso, o sistema de comportas era também outro detalhe previsto no projeto de construção do Titanic que se mostrava equivocado, pois não eram altas suficientes para impedir totalmente a passagem de água de um para outro. Elas deveriam atingir a altura total do navio desde a quilha até o fundo do convés inferior, porém acabavam muitos centímetros abaixo. Com 4 compartimentos, o Titanic ainda conseguiria flutuar, mas o peso de cinco inundados pressionaria a proa para o fundo e o navio perderia seu equilíbrio.

O naufrágio do Titanic implicou em diversas mudanças na construção do Britannic, o terceiro navio da Classe Olympic, o que incluiu a extensão das anteparas a prova d’água do fundo até o deck “E” na parte dianteira do navio e até o deck “D” na parte de trás. Cinco dessas anteparas também estenderam-se até o deck “B” e outras onze até o deck “E”.

Depois da tragédia, já não parecia mais importar para a companhia se as anteparas e as pesadas portas a prova d’água se infiltrassem nos compartimentos da primeira classe.